Voo TAP - Avaliação completa

        Pondé, segundo a revista Viagem & Turismo, acha brega tirar foto no avião e ainda mais postar no facebook, coisa de turista e não de viajante.
        Eu, pastorinha a Alberto Caeiro, faço o que tenho vontade!

Vou relatar minha experiência com a companhia TAP, afinal, antes de viajar, sempre busco avaliações de outros viajantes. Se contribuir com alguém, está valendo.  Não sou fã de voar (ou quem sabe eu até seja, apesar – ou por causa – do desafio gravitacional que o voo nos impõe). Então, em primeiro lugar, desejo que todas as companhias zelem pela segurança. O que vier a mais é lucro: uma perninha apertada por umas horas a gente até aguenta... Dito isso, esclareço que, o quanto mais confortável for o voo, melhor é para a gente tentar relaxar (ou, em outras palavras, esquecer que está no ar), então, é muito bacana que a companhia ofereça o melhor serviço possível ao seu cliente.
Este foi meu terceiro voo a Europa e os dois primeiros foram com a KLM (já falei sobre a KLM por aqui). A opção pela TAP foi por um motivo bastante óbvio: a viagem era para Lisboa e a companhia oferece voo direto. Gostei da TAP e já adianto que minha avaliação é positiva e eu voaria novamente pela companhia, embora a minha preferência ainda fique com a KLM, a companhia que tem “até sorvete” para me distrair.
COMPRA DAS PASSAGENS
Comprei as passagens em outubro (para viajar em 29 de novembro) pelo site oficial da TAP.
Tanto a busca quanto a compra foram bastante tranquilas. Sempre que possível, recomendo a compra pelo site oficial. Dei uma pesquisada e não encontrei preços melhores nos sites que se dizem com “preço imbatível”. A companhia oferece o parcelamento em até 4x sem juros no cartão de crédito.

Havia lido uma avaliação no Melhores Destinos em que a leitora relatava não ter conseguido comprar pelo site da TAP e conseguiu fazê-lo pelo site da Tam (alternativa que não encontrei disponível). Imagino que tenha ocorrido um problema temporário, que, para minha sorte, não aconteceu desta vez. Mesmo assim, vale relatar que a TAP fornece um telefone para auxiliar o cliente na compra e o atendimento foi eficiente nas duas vezes em que liguei.

Na primeira, liguei porque não conseguia inserir o número de fidelidade do cartão Tam (minha opção enquanto a Tam ainda é membro da Star Aliance), não tinha o cartão Vitória da TAP e tampouco conseguia deixar o campo em branco: o sistema exigia que eu completasse o campo. Foi só ligar lá e resolver: a atendente me orientou a clicar no “milhas Vitória”, deixar o número em branco e, depois, retornar a ligação para marcar o número da Tam (havia um problema de sistema temporário). Bingo, deu tudo certo!
Da primeira vez em que fiz a compra, minha sessão expirou, mas por culpa minha: confiro tanto os dados (número de passaporte, de cartão...), rezo umas Ave-Marias no meio - rs, que a navegação foi longa demais. Então, refiz todo o processo novamente, desta vez mais rápido depois do “ensaio”.
Da segunda vez em que liguei, foi para marcar o número de fidelidade da Tam e, principalmente, fazer uma marcação prévia de assentos, o que não consegui no momento da compra. Mais uma vez, atendimento satisfatório e problema resolvido.

Conclusão: achei fácil o processo de compra, bastando buscar algumas soluções para contornar pequenas circunstâncias.
CHECK IN

Tanto na ida quanto na volta, consegui fazer o check in antecipado por internet com 48 horas de antecedência. Meus assentos pré-reservados estavam ok e confirmei os lugares. Não tive qualquer problema e evitei fila nos aeroportos, podendo entrar direto na fila de despacho de malas, que é bem mais rápida.

AERONAVES
Embora semelhantes, a aeronave da volta tinha um espacinho melhor para as pernas do que a da ida, em classe econômica, o que fez muita diferença. Na ida (Guarulhos-Lisboa Voo 82) nos sentimos bastante espremidos, o que dificultou conseguir um cochilo (e olha que tenho 1m64, dó dos mais altos...). O espaço da volta (Lisboa-Viracopos Voo 97) era nitidamente melhor e proporcionou mais conforto. Ponto para as companhias que estão apostando na melhoria da classe econômica, pena que vá demorar para substituírem as aeronaves antigas. Curiosidade: ao que parece, as aeronaves ganham nomes de nobres portugueses. Na ida, era D. João II e, na volta, Infante D. Henrique. Ou seja, se vir o nome do Infante D. Henrique, respire com alívio, terá mais espaço para as pernocas! (esse detalhe não me escapou porque fotografei as aeronaves por fora antes de embarcar)

TRIPULAÇÃO - simpatia com seriedade
Já ouvi falar mal dos comissários da TAP. Alguns, desrespeitosamente, chamam as moças de “aerovelhas”. Primeiro, qual o preconceito com as pessoas de mais idade? Acha que os profissionais devem trabalhar no máximo até os 30 e depois dar lugar a novas Top Models? Sorte é amadurecer, não existe outro caminho digno para a vida. Segundo, havia comissárias mais jovens, outras mais experientes, num perfeito equilíbrio. Na volta, até elegi uma aeromoça como musa: alta, morena, olhar penetrante, gentil e séria. Adorei a tripulação e dou nota dez para a seriedade com que atuam. Se você sorri, eles também sorriem. Pelo menos o que presenciei foi assim. Agora, vou relatar situações em que foram ásperos e dou total razão.

EXEMPLO 1
Na ida, antes da decolagem, após os avisos para desligar o celular, um senhor permanecia navegando em seu telemóvel... Então, um comissário disse:

- Senhor, peço que desligue o telemóvel.

O senhor disse “tá” e permaneceu navegando. O comissário:

- Senhor, preciso que desligue o telemóvel AGORA.

O senhor permaneceu navegando. Preciso dizer que o tom foi se tornando mais áspero até a sexta vez em que o comissário precisou fazer o alerta? Quem é o errado nessa situação? O comissário, zelando pela segurança do voo, permaneceu na cola do passageiro até o telefone ser deligado.
EXEMPLO 2
Embarque do retorno. Um brasileiro voltou xingando porque estava na fila e não o deixaram embarcar por enquanto, indicaram outra fila a ele. Motivo: estavam embarcando as fileiras de trás (da 27 em diante) e o cara era da fila 18.

EXEMPLO 3
O voo aterrissou suavemente em Campinas (ufa!) e o comandante reforçou a regra: mantenham seus cintos afivelados até o nosso aviso. Vários passageiros se levantaram, começaram a abrir os passageiros e pegar suas malas. A moça bonita veio que nem uma fera, com ar de professora que fica ainda mais linda em sua autoridade, e disse, um a um, olho no olha, para se sentar e fechou os bagageiros. Quem está errado?

REFEIÇÕES
Não tenho preconceito com comida de avião! Considero que as companhias com as quais já voei (KLM, TAM, LAN, TAP) ofereceram refeições saudáveis e balanceadas para um voo.

Nesta experiência com a TAP, gostei muito do prato com frango que escolhemos na ida:

Quase na chegada a Lisboa, café da manhã a bordo:

No voo de retorno, a opção era peixe ou massa, sempre com salada e sobremesa. Escolhi o primeiro, enquanto meu marido optou pela massa.
Achei os pratos compatíveis, mas aí o problema foi que o voo teve turbulência constante (ai ai ai). Não tão intensa, mas constante. E, bem após a refeição ser servida, começou um balancinho... e meu estômago, coitado, começou a querer revirar. Ainda consegui comer um pouquinho – a arte do autocontrole – mas não muito.
Por sorte, já em território brasileiro e perto da chegada, serviram um lanchinho saudável. Adorei, especialmente porque estava morrendo de fome! Como meu amore não é chegado em kiwi, comi o meu e o dele.

Ao chegar ao hotel em Campinas (onde iríamos pernoitar até prosseguir viagem no dia seguinte), tomei um banho e capotei na cama, não quis comer mais nada, o cansaço falava mais alto que qualquer indício de fome.

ENTRETENIMENTO
Os voos TAP contavam com tela individual de entretenimento. Aproveito para dar um vivas ao vídeo deles de segurança, achei divertido, eficiente e gracioso (especialmente no momento em que as crianças falam das bagagens importantes). Legal, pois considero um momento tenso ficar ouvindo aquelas instruções... Li, depois, que esse vídeo foi premiado (VEJA AQUI)

As telas ofereciam vários canais de filmes, além do canal com música e informações de voo. No entanto, diferentemente de minha experiência com a KLM, os filmes não estavam disponíveis conforme a vontade do passageiro. Funcionava como os canais de uma Net, digamos assim. Você escolhia o canal, mas cada canal estava passando uma programação fixa. Dessa forma, não era possível, por exemplo, dar pausa em um filme, podendo se perder trechinhos ao receber a refeição, por exemplo.
Na volta, exatamente a minha telinha não funcionou. Mas tudo bem, se todo problema do mundo fosse esse, seria um paraíso. O marido me deu um lado do foninho e vi a tela com ele. Poderia ter mudado de lugar, já que havia assentos livres, mas preferi ficar na minha.

PONTUALIDADE

O voo da ida saiu de Guarulhos pontualmente às 17h45 e chegou pontualmente às 5h30 de Lisboa (3h30 do Brasil), totalizando nove horas e 45 minutos de viagem (computados fuso horário, bem como Horário de Verão Brasileiro e Horário de Inverno Português).
O voo da volta, previsto para sair de Lisboa às 10h10, atrasou mais de uma hora. Deduzimos o seguinte - sem confirmação oficial: por se tratar da mesma aeronave que vinha do voo de Campinas, esta já chegou ao aeroporto com atraso, devido às chuvas que ocorreram no dia anterior em Campinas, que teriam atrasado sua decolagem. Decolou de Lisboa por volta de 11h30 (ou 9h30 do Brasil), chegando a Campinas às 19h40 (o horário previsto era 18h10), totalizando 10h10 de voo. Percebemos que a rota via Campinas era mais longa e, possivelmente, o comandante fez alguma adaptação de percurso para minimizar turbulências.

FINALIZANDO...
Enfim, tudo dentro da normalidade. Uma boa companhia, em minha opinião, com a qual volto a voar de boa, até porque voltei cheia de saudades de Portugal (assim mesmo, saudades plurais, sai pra lá puristas da língua que acham que a palavra tem que vir sempre no singular, do que até o sábio Houaiss discorda).

Fomos por Guarulhos e voltamos por Campinas, esta escolha teve relação com preço e horários de voo. Optamos, assim, por fazer de ônibus a viagem de Bauru a São Paulo, bem como o retorno Campinas-Bauru, diferente de outras vezes em que recorremos ao carro e a estacionamentos na Capital. Achei até que foi um estresse a menos. Única chateação foi ter precisado sair muito cedo de Bauru (às 5h30 para viajar somente às 17h45) por margem de segurança com o tempo. Como o trânsito fluiu bem, chegamos cedo ao aeroporto de Guarulhos e haja espera...
A empresa de ônibus Expresso de Prata, de Bauru, possui o monopólio da linha Bauru-São Paulo e desembarca no terminal Barra Funda, sendo necessário pegar outro ônibus da Barra Funda ao Aeroporto de Guarulhos. A parte boa é que o Prata é confortável, a parte chatinha é fazer essa segunda viagem de ônibus. Em 2009, quando fui à Noruega, havia um serviço de van que levava os bauruenses diretamente ao aeroporto de Guarulhos, muito prático e confortável, mas me parece que esse serviço foi impedido (I wonder why...).

Pela primeira vez, aterrissamos no aeroporto Viracopos, em Campinas. Estranhamos um pouco as curvas da aterrisagem, mas não chovia (embora estivesse nublado) e foi tudo tranquilo. Achamos o aeroporto mais caseirinho, porém satisfatório.  A fila da imigração tipicamente brasileira: lerdinha... Um free shop pequenino, mas que ainda permitia uma última comprinha.

E você, já viajou com a TAP? Gostaria de compartilhar sua opinião nos comentários?
Deixe um recadinho se achar que esse post foi útil para sua escolha de companhia aérea, ficarei feliz em saber.

Comentários

  1. cheguei aqui pelo google e, ó, adorei ler seu relato!
    vou viajar com a Tap em maio e estou ansiosa para fazer o meu ^^

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    Respostas
    1. Que bom que serviu de inspiração!!! Uma ótima viagem pra você!

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  2. Depois conta como foi sua viagem, Livs..viajo em junho e também estou curiosa..

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  3. Excelente relato!
    Estou indo de TAP também e queria ter certeza que é um bom negocio!!
    Parabéns pelo site!!

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